terça-feira, 30 de julho de 2013

Cafajeste

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Me avisaram sobre você. Que você não valia nada. Que não daria certo. Que eu iria sofrer. Que eu iria chorar. Mas eu me encantei com suas brincadeiras. Você sorria e a gente se zuava. A gente se beijava e se amaçava no escuro. Sim! Era muito bom. Você mexeu comigo. Você mexe comigo.

Só que você não foi o primeiro. Só que no momento é você! E essa fase vai passar. Você não se preocupou e nem me deu valor. Brincou com meus sentimentos e traiu minha confiança. Eu sem querer lhe dei meu coração e você nem percebeu. Você não passa do típico cafajeste. Um garoto mimado preocupado com quantidade e tamanho.

Fonte da imagem: http://julioribeirocortez.blogspot.pt/2010_12_01_archive.html

Cansei das suas mentiras e farsas. Cansei de ter meu coração mal tratado. Passar a noite sonhando contigo, enquanto você se esfrega com outra qualquer.

Ainda sim meu coração insiste em me fazer pensar em você. Seria tão mais fácil se você me dissesse que não me quer mais. Iria lhe esquecer. Mas você quer! Só se preocupa com seu gozo. Você quer meu corpo e não está nem aí pros meus sentimentos. Assim como você deseja todas as belas mulheres que passam pela rua.

Me pego lembrando daquela balada em que nos conhecemos. Quando deveria estar me esquecendo de você. Já perdi as contas das madrugadas chorando. Mas passa. Já não choro mais. Só um desespero leve.



terça-feira, 16 de julho de 2013

Lembra

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Você se lembra dos nossos planos?! Lembra?! Se lembra das madrugadas conversando no skype? O Sol já raiava a quando íamos dormir. Sempre inventávamos um assunto ou uma brincadeira. Às vezes velhas histórias (nossas ou não).
Estranho lembrar?! E quando planejamos a nossa noite perfeita? O meu velho apartamento. Um jantar à luz de velas. Uma das receitas de massa italiana que minha vó me ensinou. A mesa encostada na pequena janela. A gente olhando a lua cheia. E torcendo para ela ficar bem no centro da janela. Para colocar a máquina no timer e correr para a mesa. Só para tirarmos a foto perfeita. Lembra?!
É. Acho que você não lembra. E de quando você chorava reclamando do porquê das pessoas mentirem tanto. Eu lhe acalmava e conversava contigo. Fazia palhaçada pela webcam até ganhar um sorriso seu (Como gosto do seu sorriso. Ele me transmite uma paz.).
Nós prometemos sinceridade um ao outro. Lembra?! É. Acho que você lembra. Você sempre disse a verdade (se nossos planos tiverem sido reais para você, como foram para mim. Espero que não só o adeus tenha sido sincero.).
Mas tudo bem. Vai lá. Vá de encontro ao seu velho amor. Talvez ele seja mesmo o seu grande amor. Eu fico aqui. Talvez eu seja como o Cazuza. Talvez eu seja só um exagerado que adore um amor inventado.