domingo, 10 de novembro de 2013

Você nunca foi minha

Você nunca foi minha. Eu sei. Nós ficamos três ou quatro vezes em espaços variados de tempo. Sempre aquela vontade de ficar mais uma vez com você. Algumas mensagens você respondeu, outras não. Às vezes é você quem puxa assunto. (Mas já reparou que sempre que ficamos foi na sequência das poucas vezes que você me procurou primeiro?!).
Você mexe comigo. Eu sei que você sabe. Você é linda de um jeito irresistível para mim. Você me seduz com o olhar, mesmo sem querer (ou fingindo querer não me seduzir). Perto de você minha vontade é beijá-la, é lhe conquistar com carinho e brincadeiras. Perto de você sou só um menino.
Um menino crescido e responsável. Esperto o bastante para saber que você não gosta assim tanto de mim. Gosta um pouquinho. O suficiente para ter vontade de ficar comigo às vezes. Para conversar comigo. Para desabafar quando se sente só. Para reclamar do trabalho e dizer que quer férias permanentes. Para sair do trabalho mais cedo, cabular a faculdade e me encontrar no cinema.
Não sou apaixonado por você. Nem você por mim. Nós dois sabemos. E não sei explicar o que sinto. Mas se vejo uma foto sua com alguém. Sinto algo estranho dentro de mim. Fico pensando que você finalmente se apaixonou e não ficaremos mais. Sinto inveja do rapaz. Pois ele lhe tem envolvida nos braços. Eu sei bem o quão incrível e especial você é! Então como não sentir um pouquinho de inveja desse guri?! Talvez a solução seja não ver. Mas quem foi que disse que consigo evitar essa vontade de saber como você está!
De vez em quando eu sumo. Eu sei. É que a inveja também dói um pouco. E sua falta de respostas me dói ainda mais. Então finjo não ligar. Finjo não me importar. Até que você resolve me mandar uma mensagem e perguntar como estou. E tudo volta ao começo.
Imagem - Thiago Romero
Talvez eu só queira um dia, um final de semana ou uma semana inteira com você. Para descobrir tudo sobre você, para me deixar apaixonar ou não. E se fosse só eu a me apaixonar, que seja o nosso fim. Ou o começo. Ou apenas a nossa mesmice de sempre.
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