sexta-feira, 17 de maio de 2013

Talvez

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Talvez eu lhe encontre perdida num bar com um copo de cerveja na mão e uma mesa rodeada de amigos. Talvez você seja fã de jazz e eu esbarre em você na saída de um daqueles concertos no centro da cidade. Talvez você só ande sozinha pelas margens do rio nos dias de sol e eu esteja na margem oposta lhe admirando. Talvez você seja uma poetisa pedindo uma opinião sobre os seus textos. Talvez você seja uma leitora buscando novos materiais.

A guria da bilheteria do teatro ou a atriz do espetáculo. Dos piqueniques nas tardes de domingo. A contadora de histórias da ala infantil da biblioteca. A mocinha envergonhada e desastrada da papelaria.



Talvez você me atropele com o carrinho do mercado enquanto olha sua lista de compras. Talvez na mais clichê cena de cinema você derrube seus livros no chão e nossas mãos se toquem enquanto lhe ajudo a recolher seus livros. Talvez seja a amazona que me impeça de entrar na reserva para um banho de cachoeira.

Defensora dos animais. Violonista da orquestra sinfônica. Garçonete do casamento do meu irmão. Prima distante do meu melhor amigo. Afrodite, Atenas, Era ou Helena.

Não sei quando ou onde irei lhe encontrar, mas quando acontecer eu saberei pelo seu olhar que encontrei a mulher com quem quero partilhar o mundo. Pode demorar, iremos nos encontrar. Irei protegê-la e cobrir meus sonhos, só para ter o gosto de revelá-los pouco a pouco enquanto conheço os seus.



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